Um tory/ˈtɔːri/ é um indivíduo que apóia uma filosofia política conhecida como Toryism, baseada em uma versão britânica do conservadorismo tradicionalista que defende a ordem social estabelecida conforme ela evoluiu ao longo da história da Grã-Bretanha. O ethos dos tories foi resumido com a frase "God, King, and Country" ("Deus, Rei e País").[1] Os tories são monarquistas, historicamente pertencem a uma herança religiosa anglicana e se opõem ao liberalismo do Partido Whig.[2][3]
A filosofia tem origem nos Cavaliers, uma facção realista que apoiou a Casa de Stuart durante as Guerras dos Três Reinos. Os Tories, um partido político britânico que surgiu no final do século XVII, foi uma reação aos Parlamentos controlados pelos Whigs que sucederam o Parlamento Cavalier.[4] Como termo político, tory era um insulto derivado da língua irlandesa, que mais tarde entrou na política inglesa durante a Crise de Exclusão de 1678-1681.
Ela também possui expoentes em outras partes do antigo Império Britânico, como os legalistas (loyalists) da América Britânica, que se opuseram à secessão durante a Guerra da Independência Americana. Os legalistas que fugiram para as Canadas no final do conflito, conhecidos como Legalistas do Império Unido ("United Empire Loyalists"), formaram a base de apoio para grupos políticos no Canadá Superior e Inferior. O conservadorismo continua sendo proeminente na política do Canadá e do Reino Unido. O Partido Conservador (Reino Unido) e o Partido Conservador do Canadá, bem como seus apoiadores, continuam a ser chamados de tories. Os adeptos do Toryismo tradicional nos tempos atuais são chamados de high tories, e normalmente defendem as ideias de hierarquia, ordem natural e aristocracia.